quarta-feira, dezembro 08, 2010

Conselhos Apostólicos

Introdução: como filhos de Deus, não podemos nos iludir e achar que, por termos entregado a nossa vida a Ele, estaremos livres de qualquer oposição. Jesus mesmo nos alerta que no mundo teríamos aflições, mas que tivéssemos bom ânimo porque Ele venceu o mundo (Jo 16:33). Por esta razão, cabe a nós uma postura de vida que sustente a promessa.

Em 1 Coríntios 16:13, o Ap. Paulo, no encerramento da epístola enviada aos Coríntios, dá quatro conselhos à igreja com o objetivo de fortalecê-la. São atitudes práticas que produzem resultados na vida espiritual. Essa é a proposta do estudo dessa semana, reconhecer o que devemos fazer, principalmente quando nos vemos diante dos desafios inerentes à vida.

1.
Vigilância – o primeiro conselho de Paulo é para que sejamos vigilantes. Sabemos que estamos em guerra, o inimigo jamais fará conosco tratativas de paz. Todavia, em muitos momentos dessa guerra teremos a sensação de que tudo está bem, pois entramos em tempos de calmaria. A guerra é composta de várias batalhas e entre uma e outra temos situações que podem nos iludir, dando-nos a falsa impressão que a guerra acabou.

Exatamente nessas circunstâncias que mais perigo corremos, pois ficamos mais soltos, mais relaxados, e deixamos de vigiar. Estrategicamente, satanás quer que pensemos que ele desistiu de nós a fim de nos tornarmos negligentes com a nossa vida espiritual, dando-lhe brechas por onde ele poderá invadir a nossa vida. Por está razão, o Ap. nos admoesta: “Sede sóbrios e vigilantes. O diabo, vosso adversário, anda em derredor, como leão que ruge procurando alguém para devorar;...” (1 Pe 5:8).

2.
– o segundo conselho de Paulo é para “permanecermos firmes na fé”. Permanecer firme na fé é, sobretudo, viver dentro dos princípios da Palavra de Deus. Muitas vezes somos tentados em agirmos segundo os nossos próprios impulsos. O inimigo quer nos enganar pintando quadros na nossa mente que despertem em nós a independência da nossa alma.

Entenda isso, a fé não é uma resolução interna da alma, mas é uma expressão de dependência de Deus. Ela está atrelada às promessas feitas pelo Senhor que estão registradas na sua imutável Palavra. Muitas pessoas acham que fé se resume à determinação, mas, biblicamente, fé é muito mais que isso. Quando Jesus diz a satanás que “nem só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que sai da boca de Deus”, o Mestre está se referindo à confiança que o homem deve ter, não meramente em si mesmo, mas, sobretudo, na promessa feita pelo Deus Vivo. Portanto, permanecer firme na fé é sustentar a promessa pela convicção até que ela se cumpra totalmente.

3.
Coragem – em terceiro lugar, Paulo diz que devemos nos “portar varonilmente”. Segundo o dicionário, a palavra varonil significa: esforçado, destemido, enérgico, valoroso, que pertence ao varão. Sendo assim, entendemos que a vida de Deus exige dos seus filhos uma postura corajosa que vence o medo, que não se entrega às limitações da alma, que não se curva frente ao inimigo. Todavia, é bom esclarecer que coragem não significa ausência do medo, mas vitória sobre o medo. Firmados na promessa, enfrentamos o inimigo e os nossos próprios medos, e, em nome de Jesus, vencemos.

4.
Força – por último, ainda no verso 13, Paulo diz que devemos nos fortalecer. Esse conselho diz respeito a nossa vida emocional. A nossa vida espiritual é seriamente afetada quando emocionalmente não vamos bem. Problemas emocionais retiram o nosso ânimo e nos enfraquecem. Assim sendo, é fundamental organizarmos a vida de forma que nos sintamos fortes.

Quando as principais áreas estão desarrumadas gradativamente perdemos a força. Portanto, a partir da nossa relação espiritual com Deus, devemos nos fortalecer no sentido de não darmos nenhuma brecha ao inimigo, seja nas finanças, vida profissional, vida familiar, vida conjugal, vida sentimental, e tantas outras áreas da vida que devem estar bem organizadas e protegidas a fim de que sejamos fortes.

No amor de Jesus,

Laerte Cardoso


1 Coríntios 16:13

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